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'Trump não tem que se meter’, diz Mourão sobre crise entre Brasil e EUA


Ex-vice-presidente reage a tarifa de 50% dos EUA contra o Brasil


                                                                   Imagem: Ag. Senado

Em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado nesta terça-feira (15), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) reagiu com firmeza à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. Mourão afirmou que “não aceita que Trump venha meter o bedelho” em questões internas do Brasil, referindo-se ao processo contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador (que foi vice-presidente no governo Bolsonaro) comparou a ingerência de Trump à de líderes estrangeiros como Emmanuel Macron Greta Thunberg, afirmando: “não aceito que o Trump venha meter o bedelho em um caso aqui que é interno nosso. Há uma injustiça sendo praticada contra Jair Bolsonaro? Há uma injustiça sendo praticada. Mas compete a nós, brasileiros, resolvermos isso”.

Durante a audiência, Mourão endossou o discurso do senador Humberto Costa (PT-PE) e criticou o chamado “tarifaço” anunciado por Trump, em retaliação à decisão do STF de investigar Bolsonaro por suposta tentativa de golpe. Trump declarou que a “caça às bruxas” contra Bolsonaro justificava a imposição de tarifas de 50% às exportações brasileiras.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Jefferson de Oliveira Gomes, destacou que a tarifa inviabiliza negócios industriais entre Brasil e EUA, afetando empregos e investimentos. Para ele, é necessária “serenidade no processo de negociação”. Em igual tom, o presidente da ABIMP, Michel Platini Juliani, alertou para efeitos em cadeia se o Brasil responder com tarifas elevadas em sentido inverso.

A discussão apontou que os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e que retaliações mútuas podem provocar danos ao setor de importação ou exportação. Juliani pediu uma solução negociada com “o menor impacto possível”, e mencionou a necessidade de simplificar processos de importação, envolvendo a Receita Federal nas tratativas. Fonte: Diário do Poder.




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